quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Livro do mês: Retrato do artista quando jovem de James Joyce

«A posição de James Joyce no panorama da ficção contemporânea é, tal como a de Marcel Proust, de iniciador de caminhos, ao mesmo tempo que lhe cabe a responsabilidade de liquidatário do sentido tradicional do romance europeu. Se Retrato do Artista Quando Jovem é apenas o trânsito para a desmesura do Ulisses e também o trânsito necessário para Finnegans Wake, a verdade é que representa um dos volantes do tríptico fundamental da obra de Joyce.
A história de um jovem irlandês, educado pelos jesuítas, aparece aqui em todos os seus múltiplos módulos. Inteligente, brilhante, os jesuítas tentam conduzi-lo para os seus quadros, mas o jovem Estêvão Dedalus resiste ao apelo, cortando violentamente com a sua juventude para vir a encontrar-se perante a necessidade do exílio como única possibilidade de afirmação total e livre.
Esta palavra liberdade, tantas vezes repetida pelo jovem Estêvão Dedalus, apela para uma outra fundamental no percurso do jovem romancista: o exílio. É este binómio a chave de algumas posições míticas do tríptico constituído por Retrato do Artista Quando Jovem, Ulisses e Finnegans Wake.»

Alfredo Margarido
(tradutor e prefaciador)


James Joyce nasceu a 2 de fevereiro de 1882, em Dublin, e é considerado um dos romancistas mais originais do nosso tempo. O seu primeiro livro em prosa, Gente de Dublin, foi publicado em 1914. A sua originalidade revelou-se em Retrato do artista quando jovem, publicado em 1916 e definiu-se por completo em 1922 com Ulysses. Em 1939 publicou Finnegans Wake. Faleceu em 1941. 

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