quinta-feira, 19 de maio de 2016

A letra encarnada de Nathaniel Hawthorne

Lisboa, Dom Quixote, 1988
trad. de Fernando Pessoa
Na rígida comunidade puritana de Boston do século XVII, a jovem Hester Prynne tem uma relação adúltera que termina com o nascimento de uma criança ilegítima. Desonrada e renegada publicamente, ela é obrigada a levar sempre a letra “A” de adúltera bordada no seu peito. Hester, primeira autêntica heroína da literatura norte-americana, vale-se da sua força interior e da sua convicção de espírito para criar a filha sozinha, lidar com o regresso do marido e proteger o segredo acerca da identidade do seu amante.

Aclamado desde o seu lançamento como um clássico, A letra encarnada é um retrato dramático e comovente da submissão e da resistência às normas sociais, da paixão e da fragilidade humanas, e uma das obras-primas da literatura mundial.

«Embora eu prefira os seus inumeráveis rascunhos, apontamentos, esboços e pequenos textos de toda a ordem, A Letra Encarnada é um livro admirável daquele que foi, a par de Melville, o grande escritor americano do século dezanove. (…) Este romance dramático e intenso é uma obra -prima, como praticamente tudo o que o autor deixou. Curioso o facto de uma novela tão americana na sua trama essencial tocar o leitor de cultura muito diferente pelo jogo de emoções e temas. Apesar de, no fundo da alma, Hawthorne ser um moralista severo, é capaz de flagelar com arrebatamento a severidade essa parte de si mesmo, na autocrítica arrepiante a que procedeu toda a sua vida.»

António Lobo Antunes

«Nathaniel Hawthorne, que nasceu em 1804 e morreu em 1864, é tido por o maior dos novelistas americanos, e por um dos maiores que escreveram em língua inglesa». 

Fernando Pessoa

«Hawthorne, em a Letra encarnada, minou completamente o todo filosófico em que os romances franceses se apoiam, por ter visto mais longe e mais profundamente a essência das leis convencionais e morais (...). O resultado final da sua efabulação mostra-nos que a sua personagens culpadas são moldadas, não de acordo com os ditames da sua própria concepção ou das suas benevolentes simpatias, mais sim de acordo com as leis espirituais subjacentes a todos os indivíduos. sob este aspecto dificilmente haverá um romance na literatura inglesa mais puramente objectivo.»

Edwin Percy Whipple

Livro disponível para empréstimo na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

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