segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Novidade na Biblioteca: Private de James Patterson


Jack Morgan, antigo fuzileiro naval e agente da CIA, herdou do seu pai a Private, uma reputada agência internacional de investigação e segurança e, com ela uma carga de trabalhos que pode levá-lo ao ponto de rutura. Os segredos dos homens e mulheres mais poderosos chegam diariamente a Jack e aos seus agentes, que usam técnicas forenses de ponta para resolver os seus casos. Como se não lhe bastasse ter de apurar a verdade sobre um escândalo de jogo ilegal na liga de futebol americano e tentar resolver um inquérito criminal sobre as mortes selváticas de 18 raparigas, Jack ainda vai ter de desvendar o tenebroso assassínio da mulher do seu melhor amigo — e sua antiga amante. Com uma narrativa que se desenvolve a um ritmo alucinante, Private: Agência Internacional de Investigação é o mais excitante e vibrante thriller de James Patterson.

Fonte: contracapa do livro



Gostou?

Requisite o livro na Biblioteca Municipal de Arganil e leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Volta o Outono


Volta o Outono

Um enlutado dia cai dos sinos
como teia tremente duma vaga viúva,
é uma cor, um sonho
de cerejas afundadas na terra,
é uma cauda de fumo que chega sem descanso
para mudar a cor da água e dos beijos.

Não sei se me entendem: quando lá do alto
se avizinha a noite, quando o solitário poeta
à janela ouve correr o corcel do Outono
e as folhas do medo calcado estalam nas suas artérias,
há qualquer coisa sobre o céu, como língua de boi
espesso, qualquer coisa na dúvida do céu e da atmosfera.

Voltam as coisas ao lugar,
o advogado indispensável, as mãos, o óleo,
as garrafas
todos os indícios da vida: sobretudo as camas
estão cheias dum líquido sangrento,
as pessoas depositam a confiança em sórdidos ouvidos,
os assassinos descem escadas,
e afinal não é isto, mas o velho galope,
o cavalo do velho Outono que treme e dura.

O cavalo do velho Outono tem a barbada vermelha
e a espuma do medo cobre-lhe as ventas
e o ar que o segue tem forma de oceano
e perfume de vaga podridão enterrada.

Todos os dias desce do céu uma cor de cinza
que as pombas devem repartir pela terra:
a corda que o esquecimento e as lágrimas entretecem,
o tempo adormecido longos anos dentro dos sinos,
tudo,
as velhas roupas traçadas, as mulheres que vêem
                                                                     [chegar a neve,
as papoilas negras que ninguém pode contemplar sem
                                                                     [morrer,
tudo vem cair às mãos que levanto
no meio da chuva.

Pablo Neruda in Antologia Breve

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Literacia no mundo

No passado dia 8 de Setembro assinalou-se o dia Internacional da Literacia sob o tema literacia e desenvolvimento sustentável. 

De acordo com a Unesco literacia é um dos elementos chave necessário à promoção do desenvolvimento sustentável, na medida em que torna as pessoas capazes de tomar decisões correctas e informadas nas mais diversas áreas da vida. A literacia constitui a base para a aprendizagem ao longo da vida e desempenha um papel crucial na criação de sociedades sustentáveis, prósperas e pacíficas.

As competências de literacia são parte de um leque de competências mais vasto necessário para o desenvolvimento do pensamento crítico, do sentido de responsabilidade, da gestão participativa, do consumo e estilos de vida sustentável, entre outros. 

Em sentido restrito literacia significa a capacidade de saber ler e escrever. Assim quando essas competências não existem falamos em iliteracia ou analfabetismo. Em sentido lato literacia remete-nos para a capacidade dos indivíduos saberem processar a informação com que são confrontados no dia-a-dia nos mais diversos domínios, e o grau de capacidade com que o fazem permite nos afirmar que existem diversos níveis de literacia.

Citando Ana Benavente et al. “... [na literacia] não se trata de saber o que é que as pessoas aprenderam ou não, mas sim de saber o que é que, em situações da vida, as pessoas são capazes de usar. A literacia aparece, assim, definida como a capacidade de processamento da informação escrita na vida quotidiana.” (1995: 23)*

A literacia é um direito humano, no entanto existem ainda 781 milhões de pessoas iliteratas no mundo, ou seja cerca de 16% da população mundial.

Com o objectivo de proporcionar uma visão clara e objectiva da literacia no mundo foi criado por Antonio Di Vico para a Unesco uma infografia que mostra os níveis de literacia no mundo, destacando o papel que esta tem no desenvolvimento sustentável.


Uma infografia que merece ser lida e partilhada, disponível para download no site da UNESCO.

Para saber mais consulte:





*Benavente, Ana et al. (orgs.), (1995), Estudo nacional de literacia. Relatório preliminar. Lisboa: Instituto de ciências sociais

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Novidade na biblioteca: poesia de Paulo Eduardo Campos


Sei que o silêncio morde a minha boca.
Hoje, na melancolia de um fim de tarde,
Chamei por uma estrela solitária.
Essa que morreu antes de chamar pelo teu nome.
Sei hoje que a tua ausência
É a voz do silêncio do meu corpo,
O tempo que faltou ao nosso encontro,
Se pudesse ser outro que não eu
Talvez me pudesse despir de antigas mortes
E olhar-te na madrugada súbita dos teus olhos
E dizer-te que amanhã
É sempre o dia em que te procuro.
Amanhã, será sempre o dia em que te digo
“Amo-te”.

In: Na serenidade dos rios que enloquecem

Paulo Eduardo Campos nasceu em Lisboa em 1975 e está ligado à Esculca, aldeia da freguesia de Coja, por laços familiares.

Colaborou em alguns jornais regionais e, também, no Diário de Notícias, no suplemento DN Jovem.

Participou em algumas antologias de poesia e prosa poética portuguesa (Da Poesia Vol. II (1995) e Vol IV (1996), Editorial Minerva; Poiesis Vol. VIII (2002) e XIV (2006), Editorial Minerva), na Revista Literária SOL XXI (2000), no Cancioneiro Infanto-Juvenil "Um livro é… uma árvore de histórias" (2003), A casa do Sol é a cor azul (2008), Instituto Piaget e na Antologia de Poesia do Worldartfriends (2009).

Em Julho de 2005, edita o seu primeiro livro de poesia intitulado "Na serenidade dos rios que enlouquecem" sob a chancela da Editora Amores Perfeitos.

Em Outubro de 2006, recebe uma Menção Honrosa no 17º Concurso de Poesia de Santo António da Charneca.

Em 2006, António Couto Viana (recenseador crítico pela Comissão Consultiva de Apreciação de Livros da Fundação Calouste Gulbenkian) escreve a respeito de Na serenidade dos rios que enlouquecem: "a inspiração de Paulo Eduardo Campos merece leitura atenta, no seu versilibrismo musical, na serenidade lírica com que descreve instantes de amor e mágoa (…) Coração a sangrar, vê o amor através sempre de uma amargura, de uma sofrida melancolia que lhe dita talvez as melhores composições deste livro de penumbras e murmúrios (…) Este conjunto de poemas anunciam uma voz discreta mas persuasiva, que pode ter futuro na nossa Poesia (. ..)

Em 2011 publica “A Casa dos archotes”.

Adaptado de http://nescritas.com e da badana do livro “A casa dos archotes”

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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Novidade na Biblioteca: E aqui estou eu de Rui Cruz


E aqui estou eu é o título do primeiro livro do empresário arganilense Rui Cruz, obra que o próprio considera polémica “ e que por conseguinte alguns amargos de boca e dissabores me vão causar”.


No prefácio pode ler-se que o autor “se limitou a relatar de forma objectiva aquilo que se passou (…) Não há ficção que não tenha por base a realidade e nestes termos eu não me sinto de forma alguma culpado de a realidade ser o que é, até porque a única coisa que fiz foi ficcionar uma historieta, tendo por base a experiência vivida e a entendida!”

Este livro pode ser adquirido ou requisitado na Biblioteca Municipal de Arganil!

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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Recordando Leão Tolstoi


Leão Tolstoi (Lasnaia Poliana, 1828 – Astapovo, 1910), ensaísta e romancista russo, é considerado um monumento da literatura universal. Entre as suas obras destacam-se os romances Anna Karenina e Guerra e Paz, obras de forte pendor realista e admiráveis pela sua dimensão e unidade.

Tolstoi é também um escritor genial de narrativas breves, sendo exemplos a Sonata de Kreutzer e a Morte de Ivan Ilitch. Nestes trabalhos que surgem numa fase final da sua actividade literária, é sobretudo a condição humana e as questões morais que ocupam o autor.

A obra de Tolstoi encontra-se traduzida em todo o mundo, e teve um papel importante na literatura universal.

Aceda ao catálogo das bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil para saber que livros do autor temos disponíveis para si!

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Para saber mais consulte:










quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Da mesa à horta


“Da mesa à horta” é um guia prático da responsabilidade do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) destinado a pais e cuidadores de crianças em idade pré-escolar. 
Este guia tem como objetivo promover o contacto das crianças e pais com a fruta e os hortícolas, incluindo as crianças no processo de produção, compra, preparação e confecção dos mesmos, de modo a incentivar o seu consumo e contribuir para a sua correta educação alimentar.

Disponível para leitura ou download aqui!

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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Livro do mês: não matem a cotovia de Harper Lee

As cidadezinhas do Alabama seriam simples e pacatas se não sofressem de uma doença terrível: o racismo.

Um advogado defende com toda a convicção, e arrostando com ameaças e preconceitos, um negro injustamente acusado de violentar uma rapariga branca. A sua luta é contudo vã: nunca num tribunal de Alabama se dera razão a um negro contra um branco.

É uma criança que nos conta esta história. Uma criança que vai descobrindo o mundo que a rodeia e é testemunha e protagonista de violências e atrocidades. A sua narrativa semi-inconsciente quase se torna a voz da adormecida consciência norte-americana.

Harper Lee descreve-nos o dia-a-dia de uma comunidade conservadora onde o preconceito e o racismo caracterizam as relações humanas, revelando-nos, ao mesmo tempo, o processo de crescimento, aprendizagem e descoberta do mundo típicos da infância.

Fonte: contracapa e wook

A Autora: Harper Lee

Nasceu em 1926, em Monroeville, nos Estados Unidos da América, onde frequentou o Huntigton College e estudou Direito na Universidade do Alabama.

Foi galardoada com o Prémio Pulitzer e com vários outros prémios.

Não Matem a Cotovia é o único livro que escreveu e foi nomeado pelos principais livreiros americanos como O Melhor Romance do século XX, a obra-prima da literatura americana. Já vendeu mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo e está traduzido para mais de 40 línguas.

Viveu sempre uma vida completamente afastada dos círculos mediáticos e é junto com JD Salinger, uma das mais famosas reclusas literárias, morando ainda hoje na casa onde passou a sua infância, em Monroeville, no estado sulista do Alabama.


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