terça-feira, 23 de junho de 2009

Lançamento do livro de Adriano Pacheco “O Rasto dos Barrões”

Vai ser lançado no dia 25 de Junho pelas 18.30, no auditório da Biblioteca Municipal de Arganil o mais recente livro de Adriano Pacheco: "O rasto dos “barrões”

Natural da Vila de Alvares no concelho de Góis, Adriano Pacheco nasceu a 18 de Janeiro de 1939. Começou a desenvolver a actividade literária aos 50 anos de idade, como colaborador da Imprensa Regional, colaborando com O Jornal de Arganil, A Comarca de Arganil e O Varzeense.

Publicou o primeiro livro “Tempestade na Alma” em 1999. A este seguiram-se “Lenda de Alvares”, “Sina do Sinhel”, “A queda do teu reino”, “O povo ratinho”, “Silvos do vento”, “Febre no Rabadão”, “Umbrais dos Penedos”, “Dez reis de gente” e mais recentemente “O rasto dos Barrões”, que foi lançado em Góis no mês de Maio.

Em “O rasto dos Barrões” Adriano Pacheco levanta "novas questões e interrogações na procura de reconstituir presente e passado mediante o recurso e o apelo à memória dos personagens." Memórias que são de acordo com as palavras da nota de abertura “o elo mais forte na consolidação da identidade do ser humano”.

Não falte, compareça ao lançamento na Quinta-feira, pelas 18.30 horas!

Excerto:

“(…) Mas o Raimundo era um rapaz decidido e a cidade não o seduzia pela sua beleza, mas sim pelas oportunidades que gerava à volta dos que queriam singrar num meio onde todos os serviços eram pagos. Apercebeu-se disso, quando se lhe deparou um homem que tinha, como modo de vida, vender água e uma mulher que apregoava fava-rica, ou alguém que engraxava sapatos, ou simplesmente fazia recados às madames, ali ao virar da esquina. Não haja dúvida, o mundo foi e será sempre dos espertos.

Para quem foi habituado a trabalhar que nem um danado, arrancar torga debaixo duma torreira de calor e fazer carvão, abastecer-se de géneros, cozinhar a sua magra refeição e dormir ao relento à beira dum forno durante a queima, mal podia entender esta vida fácil da cidade onde todos dependiam de todos e havia sempre lugar para mais um, fosse quem fosse.

Esta vida fácil feita de biscates, dava-lhe a volta ao miolo, sentiu por isso que tinha ali a sua oportunidade. (…)”

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário é bem vindo! Partilhe as suas ideias sobre livros e escritores, tente seduzir alguém para o prazer de ler!