quinta-feira, 14 de maio de 2009

Memórias de uma gueixa de Arthur Golden

O Autor:

Arthur Golden nasceu em Chattanooga, Tennessee em 1956 e formou-se na Univerdade de Harvard em História de Arte onde se especializou em Arte Japonesa. Em 1980 realizou um mestrado em história Japonesa na Universidade de Columbia.

A sua atracção pelo mundo oriental levou-o a aprender mandarim e a residir em Pequim e Tóquio, capital Japonesa.

Depois de trabalhar como editor no Chattanooga Times, Golden publicou o seu primeiro romance, "Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a geisha)" (1996), um best-seller no qual contou com a experiência de Iwasaki Mineko, uma anciã nipónica residente em Nova Iorque que recorda as suas vivências como Gueixa em Kyoto. Vive actualmente em Brooklin, Massachussets, com a mulher e os dois filhos.


O Livro:

Memórias de uma Gueixa de Arthur Golden é um livro que dá uma perspectiva muito interessante e fundamentada, segundo o autor, da cultura japonesa permitindo um olhar diferente sobre as Gueixas, mulheres educadas para agradar aos homens e que muitos confundem com prostitutas.

Embora o objectivo seja o mesmo, agradar ao sexo masculino, as Gueixas são mulheres que trabalham arduamente para se cultivarem na dança, na música, no saber estar e poderem exercer a sua profissão, seguindo rituais extremamente severos.

O livro conta a história de vida de uma Gueixa famosa na primeira metade do século XX narrando o difícil caminho entre a sua origem humilde e a vida de conforto e riqueza que a profissão de Gueixa lhe proporciona.

A beleza de Sayuri, principalmente os olhos de um cinzento azulado e a grande tenacidade para alcançar os seus sonhos abrem-lhe as difíceis portas das festas onde as profissionais Gueixas servem de entretenimento aos homens, conversando, dançando, tocando música e servindo-lhes “saqué”.

Grandes sofrimentos a esperam nesta caminhada desde que entra numa “okiya” como simples empregada até entrar no grupo de elite.

Só muito mais tarde Sayiri descobre que afinal o sucesso como Gueixa não se deve apenas à sua grande beleza e vontade de vencer, mas ao amor de um homem que ela encontrou ainda muito jovem e que também a amou a partir do dia em que a conheceu.

Na contracapa do livro pode ler-se: “É este mundo anómalo, secreto, decadente, construído sobre cenários de papel de arroz e que parece ser a manifestação da própria fantasia erótica masculina que Golden evoca com uma autenticidade notável e um lirismo requintadamente raro. Um romance sobre o desejo e a natureza indomitável do espírito humano; desafiador, cativante pela pureza da prosa, pela prodigalidade das nuances, das atmosferas, das imagens esculpidas com a precisão e subtileza da arte do bonsai.”

Uma história contada na primeira pessoa que vale a pena ler.

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